Cultivando em apartamento!
- Katherine Sério
- 3 de nov. de 2017
- 4 min de leitura
Foto de Katherine Sério
Quem já plantou pelo menos um pézinho de feijão sabe como cuidar desses pequenos seres vivos pode ser uma experiência no mínimo encantadora e nada melhor do que ter na janela da sua casa crescendo seu suprimento de hortaliças para você usar como quiser nas suas receitas. Por isso, nesse post, estaremos ensinando a vocês como fazê-la de forma simples e fácil.
Acontece que você pode plantar praticamente qualquer coisa em um vaso em seu apartamento, casa ou o que for, contanto que as condições sejam favoráveis. Com isso quero dizer a quantidade de insolação, água e tamanho do recipiente.
Em vasos pequenos já se pode plantar diferentes ervas, como cebolinha e hortelã. Elas são ótimas para se começar a cultivar. A partir daí, você pode evoluir para tomates, alfaces, batatas e outros legumes, mas isso já necessita vasos maiores.
Você tem diversas formas de plantar e várias podem estar a seu alcance mais do que imagina. O primeiro passo é adquirir um vaso que precisa ter o tamanho de acordo com a planta, ou seja, vasos de diâmetro e profundidade menores são bons para hortaliças, enquanto os de profundidade maior, podem ser plantados batatas, cúrcuma, entre outros.
O tamanho dos vasos acabará dependendo muito mais da intensão do cultivador até porque você pode ter uma laranjeira de meio metro se quiser, por exemplo, mas precisará podá-la para manter o tamanho do vaso. Você também pode fazer vasos de garrafas pet ou de latas reciclando-as, mas lembre-se que as latas enferrujam com a rega e será necessário trocar depois de um tempo.
Há também vasos mais compridos que possibilitam uma variedade maior em um só recipiente. O problema deles é que nem todas as plantas combinam, então você precisará plantar junto apenas as que não atrapalharão o crescimento das outras. De qualquer forma, lembre-se sempre de verificar se há um furo no fundo para o excesso de água poder escoar.
Depois de escolhido o recipiente, você vai precisar de terra, areia (o que é opcional) e pedrinhas. Estas são para forrar o fundo do vaso para proteger a terra de cair, mas sem impedir o escoamento da água. Você pode substituí-las por pedaços de telhas, argila ou até bolinhas de isopor.
O próximo passo é colocar uma camada de areia, mas, se não houver, é só pular para a etapa seguinte que é colocar a terra. Alguns dedos de terra - que vai depender da profundidade do seu vaso - e já pode colocar as sementes ou a muda. Depois é só finalizar com mais terra por cima.
Ela já está pronta para ser regada e levada para o local que ficará. Este, normalmente, precisa ser com bastante incidência solar, mas verifique de acordo com as especificações de cada planta.
Nem todas as plantas podem ficar ao sol o dia inteiro, como os tubérculos e os legumes. Os temperos, por exemplo, preferem uma incidência solar mais fraca, então atente-se a isso.
A rega também vai variar para cada um. A dica é: preste atenção na sua planta! Isso desde a rega até os nutrientes que ela precisa, ela sempre te mostrará o que precisa. Quando o solo estiver seco, isso é um bom sinal para você regá-la, mas, se estiver úmido, então não será necessário.
Aqui está uma lista das causas e dos sintomas que ela poderá apresentar:
Falta de sol: desbotamento e enfraquecimento
Muita água: folhas murchas e/ou amareladas
Pouca água: folhas secas
Falta de cálcio: as folhas ficam amarelas na borda indo para o centro ou as folhas novas, necrosadas. Para prevenir, é importante regar adequadamente para a planta não sofrer de estresse hídrico
Falta de nitrogênio: folhas de cima ficam verde-claras e as de baixo amareladas ou marrons
Falta de ferro: esbranquecimento ou amarelamento, mas com os nervos verdes
Falta de potássio: as folhas ficam amarelas com bordas negras
Falta de zinco as folhas se deformam com seus nervos amarelos
Falta de magnésio: nervos amarelos e folhas envelhecidas
Caso sua plantinha apresente algum desses sinais, apenas cuide para dar a ela o que ela necessita. A falta de potássio, por exemplo, pode ser cuidada adubando com casca de banana.
Outro ponto importante do cultivo das plantas é a poda. É necessário podar suas plantas a fim de fortalecê-la para que continue crescendo e não pereça. Assim que ela florecer, já é possível fazer a colheita, que é quando ela está em seu melhor momento de sabor e aroma.
Plantas mais rígidas, como o alecrim, permitem podas mais constante e devem ser feita por cortes de 5 a 7 cm do final dos ramos. Já as plantas de caule menos rígidas, como a sálvia e o manjericão, podamos acima das bifurcações para que que o ramo possa continuar crescer.
Podemos podar completamente e ter um retorno ainda maior da planta, como é o caso da hortelã, do coentro, da salsinha e da cebolinha. É só cortar bem próximo da base, o que é um ótimo recurso caso ela esteja debilitada.
Corte a salsinha acima de sua primeira ramificação e, a hortelã, pode ser na altura do solo. A cebolinha prefere ser colhida com a mão e hortaliças como alface e repolho, caso deseje rebrotamento, colha alguns centímetros acima do solo. Não arranque com as mãos as folhas dos temperos, mas utilize tesoura de poda e de colheita.
Agora você já tem as informações necessárias para começar a sua própria horta caseira. Enquanto cultiva, você aprenderá muito mais com a própria experiência, mas, caso queira se aprofundar ainda mais, deixamos aqui links que podem ser interessantes para você. Divirta-se!
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